Em Fortaleza, um grupo criminoso estava usando o Porto do Mucuripe – que tem linhas regulares para os Estados Unidos, a América Central, Europa e África – como rota para o tráfico internacional de drogas.
De acordo com informações da Polícia Federal, divulgadas nesta terça-feira (15), faziam parte do esquema criminoso: servidores da Companhia Docas do Ceará e funcionários de empresas terceirizadas que atuam no porto, que é um dos terminais marítimos mais importantes e estratégicos do país.
Cerca de 30 agentes da Polícia Federal tiveram o apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado, ao longo da última semana, para cumprir 5 mandados de prisão temporária e 8 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal do Ceará. Também foi determinado o bloqueio judicial de bens e valores, no total de R$ 1,4 milhão.
As investigações começaram há dois meses, após a apreensão de 435 kg de cocaína, em um contêiner no Porto do Mucuripe. A droga estava escondida em uma carga de cera de carnaúba, que iria ser exportada, mas foi localizada por uma equipe da Receita Federal.
Agora, os suspeitos podem responder por tráfico internacional de drogas, associação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas passam de 20 anos de prisão. Mas as investigações continuam para identificar outros envolvidos.